segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Onde foi parar os direitos humanos?

Gente, tem coisas que não entendo. Aliás, poucas pessoas entendem. Vez por outra aparecem pessoas que são assassinadas por meliantes (bandidos e congêneres) e quando acontece desses serem presos após levarem algumas coronhadas das PM's ou situações similares logo, logo aparecem os senhores defensores dos direitos humanos. Mas eu não vejo (pelo menos nunca vi) esses mesmos senhores defensores dos direitos humanos procurar as vítimas desses meliantes. E aí? Bom, o que se tem visto no Brasil nos últimos anos é um estado totalmente impotente contra os demandos de bandidos, meliantes e pessoas alcoolizadas (além de outros desmandos) dirigindo carros, motos e matando pessoas inocentes (trabalhadores, crianças, etc) e pouco ou quase nada se tem feito do ponto de vista de justiça no que se tem dito estado de direito. Não estou percebendo como podemos estar aguentando esse estado de situação de tamanho flagrante aos direitos das vítimas e seus familiares quando esses agressores ficam impunes. Até onde vai dar isso? Até que ponto a sociedade vai suportar tamanha falta de legislação para tais atrocidades? Está mais do que na hora de dar um basta porque do contrário podemos ir para a lei do "olho por olho, dente por dente". É o que, na minha ótica, pode acabar ocorrendo se os senhores políticos que, diga-se de passage, não tem feito nada em relação a essas nossas leis defassadas e que privilegiam meliantes, vagabundos e endinheirados; continuarem parados e olhando apenas para os seus próprios umbigos.

A quina da Copa ou AI-5?

Nos últimos meses o furdunço mais comum de se encontrar em diversos textos de blogs e noticiários são as pinceladas legislativas sobre as mudanças em nossas "regras" face ao advento da Copa de 2014. Pois bem, nos mais recentes dias a situação efervesceu de tal modo que estamos numa sinuca de bico ou o que pode ser dito como o AI-5 da Copa de 2014. Eis o que alguns blogs apresentam sobre esse texto "obtuso" do senador Crivela (PRB, RJ).

1) texto do blog do Ricardo Gama
2) texto do blog do C. Azenha

A pergunta que não se cala é: até quando vamos aceitar isso?

Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.

Eis que essa semana me deparo com um texto, em minha caixa postal (correio eletrônico), de algo muito comum, por assim dizer, em muitos recantos desse Brasil. O curioso disso tudo é que o texto vem sem autoria. O que, ao final de contas parece mais uma dessas ... Bom, vamos ver do que se trata.

"Mas que COISA!


Não sei quem é o autor dessa coisa, mas sei que essa coisa é uma coisa boa de ler...

Coisa

A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.
A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".

Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.

Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.

Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943.. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.

Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".

Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!

Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".

Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra  ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou.         Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".

Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.

Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer  coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."

Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

Coisa à  toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".

Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.

Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a TODOS sobre todas as coisas". Já dizia a canção: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.”

ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA?
"

Então para que não fique essa coisa de não entender coisa alguma eis que lembrei de mais uma coisa. Uma música de forró do Trio Nordestino. Eita coisa boa era o tempo de escutar essas coisas. Mas, infelizmente, nos dias atuais essas coisas não são mais criadas com o mesmo jeito das coisas de antes. E sim uma coisa completamente ruim, do meu ponto de vista, do ouvido aturar as coisas de hoje.

"Cuidado Com as Coisas
Cuidado com as coisas
As coisas que eu vou lhe dar
As coisas que eu lhe prometi
As coisas você vai gostar
A coisa melhor desse mundo
Quando a gente tem as coisas
E as coisas podem dar
São as coisas que ajudam outras coisas
Quando as outras coisas querem piorar
Assim muito cuidado com as coisas
Que as coisas é muito amor que eu vou te dar
Cuidado com as coisas...
Agora lhe peço uma coisa
Muito jeito com as coisas
Que é pras coisas melhorar
Muita gente não aceita essas coisas
Que as coisas não é fácil de aceitar
Eu vou misturar coisa com coisa
E as coisas é muito amor que vou te dar

"

E para escutar essa coisa de beleza de música eis o vídeo.

 


Eita coisa boa de escutar!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Campanha diga não a FIFA

Reprodução de matéria contida no blog coletivolevante.

 "A Associação Nacional dos Torcedores e Torcedoras (ANT), vem a público demonstrar sua indignação com o anúncio de que a FIFA irá recrutar ao menos 18 mil brasileiros e estrangeiros para trabalho voluntário na COPA de 2014. Como se já não bastasse todos os abusos e ataques à conquistas históricas da sociedade brasileira, abusos esses aceitos pelo Estado brasileiro e em grande medida materializados através da chamada Lei Geral da Copa, agora a FIFA quer que o povo brasileiro trabalhe até 10 horas por dia sem que o trabalho seja pago."  Leia mais >>








Assista ao vídeo de humor a respeito do tema


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Benesses das UPP's no RJ?

Transcrevo, abaixo, texto do blog CelprPaul.



"UPPs - PROJETO GOVERNAMENTAL QUE PERMITE CONVIVÊNCIA ENTRE PMs E TRAFICANTES REVELA UMA DE SUAS FACES CRUÉIS.


Prezados leitores, bom dia!
TERRA NOTÍCIAS:
PF: ex-comandante de UPP recebia R$ 15 mil por semana do tráfico.
16 de fevereiro de 2012 • 15h32 • atualizado às 15h43.
Giuliander Carpes
Direto do Rio de Janeiro

O ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro de São Carlos Adjaldo Luiz Piedade, que foi preso nesta quinta-feira pela Polícia Federal, chegava a receber R$ 15 mil por semana para facilitar o tráfico de drogas no local. A informação é do delegado João Caetano de Araújo, que chefiou a Operação Boca Aberta e ficou surpreso com a relação promíscua do capitão da Polícia Militar com o traficante Peixe, que também era chefe do tráfico da Rocinha e foi preso no último dia 9 de novembro.

"Temos provas cabais e irrefutáveis do envolvimento do capitão com o tráfico", garantiu o delegado, que não quis informar que provas são essas e como elas foram conseguidas. "O traficante chegava ao ponto de sugerir para qual batalhão o capitão deveria mudar depois de perder o comando da UPP, em novembro. Havia policiais que queriam combater o tráfico e eram impedidos pelo capitão, que tinha uma relação de amizade com o traficante."

Junto com o capitão da PM foi preso o soldado Alexandre Duarte, que também tinha envolvimento com o tráfico de drogas na região. A operação ainda prendeu outros nove traficantes e apreendeu 320 Kg de maconha, 107 frascos de lança-perfume, uma balança de precisão e material para embalar a droga. Outros oito envolvidos com o tráfico estão foragidos. A investigação demorou 10 meses e teve o apoio da polícia de choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e dos grupamentos aéreos da Polícia Militar e da Polícia Civil.

A ocupação do Morro de São Carlos ocorreu em fevereiro do ano passado. Três meses depois foi implantada uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que não foi capaz de coibir o tráfico de drogas na região. Foi para lá, e para o Morro 18, que foram a maior parte dos traficantes foragidos da Rocinha após a ocupação policial de novembro.
"
Fonte: http://celprpaul.blogspot.com/2012/02/upps-projeto-governamental-que-permite.html

O COLAPSO MORAL DE UMA SOCIEDADE, POR GERALDO ALMENDRA

O COLAPSO MORAL DE UMA SOCIEDADE - GERALDO ALMENDRA.


“A Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores que são consideradas essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial. Se considero a atividade essencial, mas pago salario mixo, esse cidadão tem direito a fazer greve.”
(Ex-presidente Lula em 2001 – Fonte: coluna Merval Pereira).

A intencional criminalização de qualquer movimento grevista pelo poder público demonstra que a relativização da Justiça sob o comando disfarçado do poder Executivo está chegando ao seu “estado da arte” no Regime Fascista que já domina o país.
Na prática já existe uma proibição “disfarçada” de greves como forma de reivindicação salarial ou outros direitos, e quando as mesmas acontecem começam a entrar em cena as forças cúmplices e opressoras do Estado Fascista para aniquilar com seus líderes.
As ordens são para humilhar e prender, se for necessário, todos os que recorrerem a greves para lutar por seus legítimos direitos, especialmente os líderes dos movimentos que serão tratados como bandidos.
Quem não se lembra da invasão de uma das dependências do Congresso com sua quase total destruição, entre centenas de exemplos que podem ser dados, especialmente, durante os desgovernos petistas, do reinado da impunidade para os cúmplices do petismo ?
Ninguém foi punido e o líder da invasão, amigo do ex-presidente Lula se encontra ileso de qualquer tipo de enquadramento legal pelos atos de vandalismo do grupo que liderava na época. Seu processo deve se encontrar no fundo de uma gaveta de algum togado vestido de bandido ou de um bandido vestido de togado.
O caso do mensalão ficará na história do país de como uma gang conseguiu corromper todas as bases do poder público para se livrar da prisão.
As disparidades salariais no nosso país, se considerando apenas a remuneração do trabalho, são criminosas, com diversas classes de servidores públicos ganhando remunerações diretas e indiretas proibitivas, sem as necessárias contrapartidas de serviços públicos minimamente decentes para os que sustentam um poder público assemelhado, de forma quase sistemática, a um verdadeiro covil de bandidos, tendo em vista a quantidade de escândalos de corrupção que têm sido denunciados nos últimos anos e, com raríssimas exceções, com alguém sendo punido por uma justiça que não merece esse nome.
Há de se ressaltar que entre as classes privilegiadas certamente não estão as dos Bombeiros, Policiais civis e Militares e, especialmente a dos professores públicos, que historicamente já aceitaram a humilhação salarial como normas de suas vidas graças ao sórdido corporativismo com o setor público que é praticado pelas suas associações de classes.
Enquanto líderes grevistas são presos tendo recusados seus pedidos de Habeas Corpus, milionários ladrões do dinheiro público tem tido o tratamento legal inverso e vivem com plena liberdade para atuar no submundo dos corredores dos podres poderes da República, para que seus processos sejam prescritos, as evidências e acusações sejam manipuladas, e seus crimes esquecidos pela Sociedade, para que eles e seus cúmplices continuem roubando os contribuintes.
Mas o ponto mais importante a ressaltar é que são as Forças Armadas, humilhadas – qualificadas nos corredores petistas de “milicos de merda” – e depauperadas pelos DESgovernos civis é que são agora chamadas para garantir a governabilidade de um país tomado pela degeneração moral nas relações públicas e privadas.
Por uma questão de Disciplina Militar que, incompreensivelmente, coloca em segundo plano o fato do ordenamento jurídico do país estar virando coisa de bandido, e sendo consumada a entrega do país a um regime socialista absolutamente corrupto disfarçado de neocapitalismo de Estado, as Forças Armadas estão demonstrando que estarão sempre a postos para coagir, reprimir, agredir, entre tantas outras possibilidades, até a de matar, se assim forem ordenadas, os que desafiarem de forma relevante o “status quo” de poder do Covil de Bandidos.
Queiram ou não, o comportamento médio da sociedade reflete a qualidade moral do seu poder público, pois é de lá que saem os exemplos dos desvios de conduta e da impunidade que são os maiores responsáveis pela contaminação das relações sociais no caminho da degeneração moral totalitária.
No momento em que o poder público se apresenta como um Covil de Bandidos, o resto da sociedade tende a imitá-lo, o que provoca a relativização do cumprimento dos códigos legais conforme os interesses mais sórdidos dos donos do poder.
Os mais fracos e com menos representatividade geralmente têm seus “desvios de conduta”, ou até de estrita obediência aos códigos legais, criminalizados por princípio, e os mais fortes – comunidades de esclarecidos canalhas que formam as burguesias e as oligarquias que dominam as relações públicas e privadas – devidamente protegidos pela associação espúria do poder Judiciário com a prostituição da política - fazem o que bem entendem, usufruindo, de forma vergonhosa, do império da impunidade, afiançada por um descarado fascismo que tem no poder Executivo seu ponto de referência para o projeto petista de domínio da sociedade.
No cenário em que estamos vivendo qualquer cidadão já tem o iminente risco de sofrer coações, ameaças e violências de constrangimentos dos seus atos de protesto, assim como de agressões físicas por nada menos do que “forças especiais” a serviço do Covil de Bandidos.
Ainda tem gente que acredita que vivemos em uma democracia sem se aperceber que, na realidade, estamos vivendo em uma corruptocracia comandada por um Regime Fascista.
Geraldo Almendra
10/02/2012
Juntos Somos Fortes!
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Fonte: http://celprpaul.blogspot.com/2012/02/o-colapso-moral-de-uma-sociedade.html

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Cai, cai, cai balão! Cai, cai, cai balão!

A música "Cai, cai balão" diz em um trecho "Cai cai balão, cai cai balão". Parece a tendência da audiência da Rede Globo. Se já não bastasse as estapafúrdias reportagens tendenciosas em relação a diversos temas, em particular contra trabalhadores de todos os gêneros, eis que nos últimos anos as coisas não andam bem das pernas para a emissora "global" (sic!). Com origens no regime militar, a Rede Globo tem em seus atuais quadros programas que se não são um esplendor de cultura pode se dizer que prima pela decadência. Na contra-mão dessa atitude a Rede Record tem se mostrado com programas acertados e arremates generosos. Com isso a queda de audiência tem sido algo como um golpe no estômago da antiga tão poderoso Rede Globo. Leia aqui, matéria recente do site F5-UOL.


Comissão do Concurso do Senado divulga nota

Concurso para o senado já começa mal pela origem.

Comissão do Concurso do Senado divulga nota

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Da arte das armadilhas, de Ana Martins Marques

Da arte das armadilhas, de Ana Martins Marques


Ana Martins Marques. Foto: Folha de São Paulo
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A poeta mineira Ana Martins Marques estreou em livro em 2009, com A Vida Submarina (Editora Scriptum), que reunia os poemas premiados em 2007 e 2008 naquele que era o mais antigo prêmio literário do Brasil, o Prêmio Cidade de Belo Horizonte (suspenso em 2011). Saudado na Revista Bravo!, na Folha de São Paulo e em outros veículos, A Vida Submarina teve um impacto inaudito para um poemário de estréia (há alguns poemas, nem de longe representativos do que é a riqueza do livro completo, aqui). Seu segundo livro, Da arte das armadilhas, foi lançado no ano passado pela Companhia das Letras e é o objeto dos apontamentos que seguem.
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Instituto de Matemática da USP tem convênio com universidade situada em território ocupado

Instituto de Matemática da USP tem convênio com universidade situada em território ocupado "

A partir da coluna de Vladimir Safatle na Folha este fim de semana – aliás um texto muito bom se conhecer um pouco sobre a ocupação israelense –, recebi uma notícia que considero bastante grave: o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo, campus de São Carlos, mantém um convênio com a Universidade Ariel, intitulada oficialmente “Centro Universitário Ariel da Samária”. Trata-se de uma instituição de colonos israelenses situada na Cisjordânia, terra que, segundo a legislação internacional, pertence ao povo palestino, e que está ocupada ilegalmente pelo exército israelense, por quase 500.000 colonos e centenas de checkpoints. Que eu saiba, é uma situação de convênio inédita no sistema universitário brasileiro. "

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Repórter Valdeck Filho demitido durante greve da PM da Bahia

Menos de 10 minutos antes do governador da Bahia entrar em cadeia regional de televisão para condenar a ação dos grevistas, o repórter Valdeck Filho, do programa “Na Mira” da TV Aratu, filiada ao SBT, recebia um anúncio de demissão das mãos de um diretor da emissora na Bahia.


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E as famílias dos PM's, como ficam?

Vídeo esclarecedor sobre a falta de dignidade aos PM's (militares, bombeiros e forças armadas) do Brasil na visão do deputado J. Bolsonaro.

 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Educar sem segregar | Carta Capital

Educar sem segregar | Carta Capital

"Educar sem segregar


Lançado em novembro pela presidenta Dilma Rousseff, o Plano Nacional dos Direitos das Pessoas- com Deficiência (conhecido como Viver sem Limite) destinará 7,6 bilhões de reais em educação, saúde e acessibilidade até 2014."

CAPA-Edição 29 | Site Editora Assare

CAPA-Edição 29 | Site Editora Assare

"Nordeste na caça ao desenvolvimento


O Nordeste passa por um momento de transformações que certamente repercutirá em longo prazo no processo histórico de sua inserção nacional. Mas a questão central que orienta seu futuro requer necessariamente um planejamento estratégico do desenvolvimento — essencial quanto ao grau de articulação na intervenção coordenada do Estado — em uma situação estrutural na qual o Brasil destinou apenas 2,6% do seu Orçamento, em 2011, para investimentos: de um total de quase R$ 2 trilhões, apenas R$ 51 bilhões. No entanto, o País surge diante do mundo como uma nação destacada e entre os quatro países com maiores reservas, atrás apenas da China, do Japão e da Rússia; e pode alimentar a pretensão de mudar-­­­­se para o pleno desenvolvimento, levando junto o Nordeste.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Significado da árvore genalógica. Você sabe o que é?

Você sabe o que significa árvore genealógica? Talvez você possa ler em vários sites da internet  (caso mais comum) e em livros das bibliotecas públicas. Mas em um caso ou outro sempre terá como resposta algo desse gênero

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Genealogia, também conhecido como hobby, conta com milhões de pessoas interessadas pelo mundo. Aqui no MyHeritage.com, o nosso objetivo é fornecer para você as melhores ferramentas para pesquisa genealógica e de história familiar - seja você um genealogista experiente ou um iniciante que deseja saber o que é genealogia.

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Fonte: http://www.myheritage.com.br/genealogia

Como esse é um assunto interessante vejamos uma árvore interessante.

 PAULO BERNARDO MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES É MARIDO DA SENADORA  GLEISI HOFFMANN 



CHEFE DA CASA CIVIL.



O GILBERTO CARVALHO SECRETÁRIO GERAL DA PRESIDÊNCIA É IRMÃO DA MIRIAN BELCHIOR


 


MINISTRA DO PLANEJAMENTO. ESSA MIRIAN BELCHIOR JÁ FOI CASADA COM O CELSO DANIEL


EX-PREFEITO DE SANTO ANDRÉ, QUE MORREU ASSASSINADO

A doutora Elizabete Sato


delegada que foi escalada para investigar o processo sobre o assassinato do Prefeito de Santo André, Celso Daniel é tia de Marcelo Sato




marido da Lurian da Silva

 

que, apenas por coincidência, é filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Também apenas por coincidência, Marcelo Sato é dono de uma empresa de assessoria que presta serviços ao BESC - Banco de Santa Catarina (federalizado), no qual é dirigente Jorge Lorenzetti


 (churrasqueiro oficial do presidente Lula e um dos petistas envolvidos no escândalo da compra de dossiês).

Por outra incrível coincidência, o marido da senadora 
Ideli Salvatti (PT)


 é o Presidente do BESC.



Fonte: http://chicomeloescreve.blogspot.com/2011/07/corrupcao-pouca-e-coisa-da-oposicao.html
 


















Futebol para a elite

Matéria veiculada no torcedores.org e que diz respeito ao futebol elitizado. Bom, ao meu ver isso não é nada de novo. Contudo é sempre bom ler de outra fonte.

Leia mais aqui.

FIFA e trabalho voluntário para a copa 2014 no Brasil

Transcrevo aqui matéria veiculada no blog torcedores.org.br.

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Nota de repúdio da ANT ao trabalho “voluntário” para a FIFA


A Associação Nacional dos Torcedores e Torcedoras (ANT), vem a público demonstrar sua indignação com o anúncio de que a FIFA irá recrutar ao menos 18 mil brasileiros e estrangeiros para trabalho voluntário na COPA de 2014.
Como se já não bastasse todos os abusos e ataques à conquistas históricas da sociedade brasileira, abusos esses aceitos pelo Estado brasileiro e em grande medida materializados através da chamada Lei Geral da Copa, agora a FIFA quer que o povo brasileiro trabalhe até 10 horas por dia sem que o trabalho seja pago.


 
"
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Marcha por campanha salarial dos SPF

Matéria veiculada no site da ANDES que diz respeito a marcha pela campanha salarial dos servidores públicos federais. Essa marcha não é apenas por campanha salarial, mas por melhores condições de trabalho e a clara demonstração do pouco caso que o atual governo tem com relação a educação, saúde e segurança pública (para não citar outros) nesse país.

Leia mais aqui.

Ex-ministro da Educação em viagem familiar (sic!)

Li no blog do Ricardo Gama (ricardo-gama.blogspot.com) a matéria sobre as viagens do ex-ministro da educação, F. Haddad. O candidato a prefeito de São Paulo, pelo PT, com provável apoio do Kassab (PSD). Leia na íntegra a matéria.


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O pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, usou jatinhos da FAB (Força Aérea Brasileira) para transportar mulher e filha de Brasília para São Paulo enquanto ocupava o cargo de ministro da Educação. Levantamento feito pela Folha revela que foram 129 deslocamentos em aeronaves oficiais, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011 -pelo menos uma viagem de ida e volta por semana.  Em 97 voos, estavam juntos o então ministro, a mulher, Ana Estela, e a filha menor, além de outras autoridades e servidores públicos.  Caso optassem por aviões de carreira nas viagens, a mulher e a filha de Haddad teriam gasto cerca de R$ 50 mil em passagens aéreas.  Foram 46 voos exclusivos, sem outros ministros, de Haddad para São Paulo. Em 15, estavam só ele, a mulher e a filha. Em 33, assessores também. Em alguns, a mãe e o filho do ministro.  Em fevereiro do ano passado, por exemplo, uma aeronave Embraer de 45 lugares partiu de São Paulo para Brasília, em um domingo, só com Haddad e a filha.  Em 26 de dezembro de 2010, o ministro decolou de São Paulo num Learjet de cinco lugares com a mulher, os dois filhos e a mãe.  O uso de jatinhos da FAB é regulamentado por decreto federal (4.244/2002). O texto prevê o transporte de ministros, além de outras autoridades, para agendas oficiais ou no deslocamento para casa.  Não há nada no texto sobre a extensão desse benefício a parentes ou conhecidos das autoridades.  Para evitar desperdícios, os presidentes Lula e Dilma Rousseff orientaram suas equipes a atenderem as exigências do decreto e a fazerem voos compartilhados, com mais de um ministro.  Em dezenas de viagens de fim de semana, porém, o ex-ministro descumpriu a orientação dada.  As viagens de Haddad entre Brasília e São Paulo se deram apesar de o petista ter fixado residência na capital federal quando assumiu o ministério, em 2005. Recebia mensalmente auxílio-moradia de R$ 3.800.  A mulher também era funcionária do governo federal, no Ministério da Saúde. A filha estava matriculada em uma escola da cidade.  A FAB informou a planilha de voos e o custo dos deslocamentos. O trecho Brasília/São Paulo fica entre R$ 8,3 mil e R$ 11,3 mil, só ida.  Haddad afirmou não ver problema na prática, sob o argumento, entre outros, de que os ministros têm direito às viagens para casa. Disse ainda que, a partir de 2008, passou a ir quase todos os finais de semana para São Paulo porque o filho, que tinha 15 anos, passou a morar lá. "A minha menina tinha sete, e eu não iria deixar os dois sem convivência."  A Folha ouviu os 15 ministros que mais viajaram de jatinho no governo Dilma. Apenas Ideli Salvati (Relações Institucionais) admitiu que o marido costuma acompanhá-la nas viagens para casa.  Celso Amorim (Defesa) disse que a mulher viaja "esporadicamente" nos jatinhos.  As planillhas da FAB não contêm informações sobre o deslocamento de familiares de integrantes do governo. No caso de Haddad isso foi possível porque o MEC divulgou a agenda completa dele, algo que os outros ministérios não forneceram.  Os 145 voos de Haddad em 2011, a maioria para cumprir agenda oficial, custaram R$ 597 mil. Ele foi como carona a São Paulo em outros 54 voos, por mais R$ 108 mil.
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Debatendo a Educação: CRIMINALIZANDO OS PROFESSORES, COMO?

Debatendo a Educação: CRIMINALIZANDO OS PROFESSORES, COMO?: Todas vez que acontece greves dos professores, escuto algumas manifestações, de alguns cidadãos, que não vejo ninguém respondendo ou mesmo...

PM's e Bombeiros bandidos?

Aluna turista ou desrespeito ao professorado?


Texto que saiu no blog brasilinsustentável que vale a pena dá uma lida. Do que se trata? Leia aqui para ver.

PM pode ou não pode?

A questão que não quer se calar e que deu muito comentários a respeito do tema proveniente das greves das PM's  da Bahia e Rio de Janeiro era: "PM pode ou não pode fazer greve?" . Eis que muitos disseram que não. Inclusive respeitáveis (sic!) advogados. Contudo, a coisa não parece ser bem assim. Encontrei vários textos, já de bem antes a atual conjuntura, de que essa possibilidade existe e está embassada constitucionalmente. Ao menos é o que se entende. Veja o texto abaixo contido no

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JUIZ FEDERAL DIZ QUE A GREVE SÓ É PROIBIDA PARA AS FORÇAS ARMADAS.
DIREITO DE GREVE , HIERARQUIA E DISCIPLINA nas Policias MILITARES DO BRASIL.
O fim da greve de policiais civis em São Paulo trouxe à tona a discussão sobre o direito de greve de servidores públicos em geral e, em particular, de policiais. O debate é oportuno. Alguns alegam que a
greve de policiais militares dos estados conspira contra disposição
constitucional que versa sobre a hierarquia e a disciplina.
No entanto, quando se irrompe o movimento grevista, não há que falar em quebra da hierarquia, que se refere à estrutura organizacional graduada da corporação e que se mantém preservada mesmo nesse instante.
A inobservância de
ordens provenientes dos que detêm patentes superiores, com a paralisação,
caracteriza ato de indisciplina? Recorde-se que a determinação proveniente de
superior hierárquico, para ser válida, deve ser legal. Jamais, com base na
hierarquia e na obediência, por exemplo, há que exigir de um soldado que mate
alguém apenas por ser esse o desejo caprichoso de seu superior.
Logo, se existem condições que afrontem a dignidade da pessoa humana no exercício da atividade policial, o ato de se colocar contra tal estado de coisas jamais poderia ser tido como de indisciplina. A busca por melhores salários e condições
de trabalho não implica ato de insubordinação, mas de recomposição da dignidade
que deve haver no exercício de qualquer atividade remunerada. Portanto, se situa
dentro dos parâmetros constitucionais.
Quanto às polícias civis e federais, não há sequer norma semelhante à anterior, até mesmo porque possuem organização diversa. No entanto, para
afastar alegações de inconstitucionalidade da greve de policiais, o mais
importante é que não se deve confundir polícia com Forças
Armadas.
Conforme previsão constitucional, a primeira tem como dever a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Já as segundas, constituídas por
Exército, Marinha e Aeronáutica, destinam-se à defesa da pátria e à garantia dos
Poderes, da lei e da ordem.
Às Forças Armadas, e somente a elas, é vedada expressamente a greve (artigo 142, parágrafo 3º, inciso IV, da
Constituição). Ressalte-se que em nenhum instante foi
feita igual referência à polícia, como se percebe dos artigos 42 e 144 do texto
constitucional. A razão é simples: somente às Forças Armadas não
seria dado realizar a greve, um direito fundamental social, uma vez que se
encontram na defesa da soberania nacional. É de entender a limitação em um texto
que lida diretamente com a soberania, como a Constituição
Federal.
O uso de armas, por si só, não transforma em semelhantes hipóteses que são distintas quanto aos seus fins. As situações não são análogas. A particularidade de ser um serviço
público em que os servidores estão armados sugere que a utilização de armas no
movimento implica o abuso do direito de greve,
com a imposição de sanções hoje já existentes.
Não existe diferença quanto à essencialidade em serviços públicos como saúde, educação ou segurança pública. Não se justifica o tratamento distinto a seus prestadores. Apenas há que submeter o direito de greve do policial ao saudável ato de ponderação, buscando seus limites ante outros valores constitucionais.
Não é de admitir interpretação constitucional que crie proibição a direito fundamental não concebida por legislador constituinte. Há apenas que possibilitar o uso, para os policiais, das regras aplicáveis aos servidores públicos civis.
No mais, deve-se buscar a imediata ratificação da convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que versa sobre as relações de trabalho no setor público e que abre possibilidade à negociação coletiva, permitindo sua extensão à polícia.
Uma polícia bem equipada, com policiais devidamente remunerados e trabalhando em condições dignas não deve ser vista como exigência egoísta de grevistas. Trata-se da busca da eficiência na atuação administrativa (artigo 37 da Constituição) e da satisfação do interesse público no serviço prestado com qualidade.
* Marcus Orione Gonçalves Correia doutor e livre-docente pela USP, professor associado do Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social e da área de concentração em direitos humanos da pós-graduação da Faculdade de Direito da USP, é juiz federal em São Paulo
(SP)
Revista Consultor Jurídico
Colaborador: Paterson Manoel da Silva

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Fonte: http://aqueimaroupa.com.br/forum/topic.php?id=672

Ainda nesse contexto, outro texto pode inferir a possibilidade ou não da legalidade da greve. Mas que culmina por amparar o texto acima em sua essência. E estão destacados em vermelho.



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O Policial Militar a luz da Constituição Federal

 

Com a deflagração da greve dos Policiais Militares do Estado da Bahia, criou-se a discussão a nível nacional do direito a greve da referida classe. Tivemos a oportunidade de ouvir os principais juristas inclusive da Suprema Corte. Tive a imediata frustração, porque esperava uma análise imparcial, porém todos analisaram apenas a greve propriamente dita, esquecendo-se do fundamental, as causas que levaram as insatisfações da classe, embora possuam notório e indiscutível conhecimento jurídico. Talvez, a análise teve com objetivo exclusivo colocar a sociedade contra o movimento.


É bem verdade que não sabemos ainda mensurar a produtividade da atividade policial, pois vendemos apenas sensação de segurança, que pela complexidade é bastante relativa, como as demais classes trabalhadoras, que distribuem a participação do lucro, resultado obtido no final do exercício, nem tão pouco a arte de negociar, pois pelos princípios básicos que regem às Instituições Militares, hierarquia e disciplina, as reivindicações eram feitas através do canal hierárquico, com pouca eficiência. 

Vivemos longo período sob a égide do regime militar, regime este de exceção que durou 20 (vinte) anos e esperávamos que a redemocratização do país fosse realizada sem ódio, rancor ou qualquer tipo de preconceito, iniciando-se com a promulgação da Constituição, mesmo sabendo que as Instituições Militares foram utilizadas para atender interesses dos governos e não do Estado.

Antes de analisar a Carta Magna, todo brasileiro ao menos deveria ler uma Constituição anotada ou comentada para não interpretar de forma errônea o verdadeiro alcance da lei. Pela própria formação, tive a oportunidade de estudar um pouco nossa Constituição, concordando com as anotações e comentários dos principais estudiosos do Direito, porém não me recordo de ter visto qualquer comentário em relação ao ódio e rancor dos integrantes da Assembléia Nacional Constituinte quando tiveram a oportunidade de promulgar, sob a proteção de Deus, a Constituição da República Federativa do Brasil, com objetivo de instituir o tão almejado Estado Democrático de Direito para assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com solução pacífica das controvérsias, quando trataram das forças armadas e da segurança pública, contextos que se enquadram o Policial Militar.

As Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares são forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se aos Governadores dos Estados e do Distrito Federal, por isso todos os militares, inclusive os Policiais Militares e Bombeiros Militares são denominados militares, aplicando-se além de outras previstas, as seguintes disposições: Proibição a sindicalização e a greve; enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; e vedada a acumulação remuneratória de cargos públicos, exceto a de um cargo de professor. Estabeleceu também a forma de remuneração, que deve ser efetuada mediante subsídio, art. 142, VIII c/c art. 37, X da CF., da mesma forma dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos poderes, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos. Logo, as vedações constitucionais são exigidas na íntegra, inclusive pela imprensa que diz que a greve é inconstitucional. Porém a forma de remuneração prevista na Constituição jamais foi cumprida pelo Governo do Estado, aplicando-se um soldo e acrescendo gratificações. Inclusive aprovou a Lei de gratificação de Atividade Policial em 1997, após passar pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa, estabelecendo cinco níveis de diferenciação, reajustando-os anualmente e regulamentado até a presente data os três primeiros níveis. 

Não vislumbro justificativa jurídica para adoção da forma de pagamento, a não ser com aplicação do Direito Canônico, que estabelece que aos soldados o seguinte: "...contentai-vos com os vossos soldos...", Lucas3,14. O fato é que as principais vantagens do Policial Militar, a exemplo dos adicionais por tempo de serviço, hora extra e adicional noturno incidem apenas no soldo, causando sérios prejuízos aos Policiais Militares, enquanto as obrigações, a exemplos do FUNPREV e PLANSEV incidem sobre o soldo e a famigerada GAP.

Daí, a causa principal das insatisfações dos Policiais Militares, aliadas a não regulamentação de outros direitos incontestáveis, a exemplo da periculosidade, tratamentos diferenciados em relação às unidades especializadas que recebem mensalmente hora extras; falta de condições de trabalho, viaturas, armamentos, efetivo escasso e equipamentos de proteção individual, além de ser considerado o culpado pelo insucesso da Segurança Pública no Estado, resultou na deflagração da greve.

A partir daí, conseguimos mensurar nossa produtividade, principalmente quando analisamos com outros segmentos da sociedade, que desenvolvem serviços essenciais, fazem greves e o Estado de fato NÃO PÁRA. São nove dias de greve e um imenso prejuízo à sociedade, inclusive com a perda de mais de 100(cem) vidas apenas na região metropolitana.

Longe de querer estabelecer critérios para solucionar de forma pacífica a crise existente, mesmo porque não tenho legitimidade para representar a categoria, bastaria a sensatez do governo e dos líderes do movimento, para cumprir a Constituição. Já que o governo alega não ter financeiro para pagar as gratificações IV e V aos policiais militares, embora tenha provisionada-as e  fundir o soldo com as GAP, permanecendo os níveis por posto e graduação, além de chegar ao denominador comum o momento exato para mudança de nível.

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Fonte: http://www.jornalnovafronteira.com.br/index2.php?p=MConteudo&i=5377